Diretor Nivaldo Vasconcelos e equipe de Mwany
Após três dias de competição que levaram cerca de 2500 pessoas à praça
Multieventos, a quarta edição da Mostra Sururu de cinema alagoano foi encerrada
na noite da segunda-feira (09), distribuindo 15 prêmios para sete
curtas-metragens. A cerimônia teve início com uma homenagem surpresa ao
cineasta Hermano Figueiredo. A convite do cerimonial, a produtora cultural
Larissa Lisboa leu um texto escrito pela cineasta e cineclubista Lis Paim. “Hermano
Figueiredo (...) é o realizador dos filmes que até então mais se aproximaram do
povo alagoano nas ruas em suas temáticas. Hermano também foi o primeiro, ouso
dizer, a colocar o cinema alagoano no espaço público e fazê-lo circular pelo
Estado, principalmente com o projeto Acenda uma Vela e sua equipe, com
exibições em comunidades sem salas de cinema e distantes da capital. Por
continuação da sua semente cineclubista através de suas oficinas e da atuação
da Ong e Cineclube Ideário, Alagoas possui hoje mais de 40 cineclubes
espalhados por todas as suas regiões geográficas”, destacou Lis.
Os troféus que tanto alegraram os realizadores foram criados pelo artista Roberto Neves
Na sequência, o público assistiu a exibição do média-metragem Mirante
Mercado, filme que comemora 10 anos de sua realização em 2013. Esse ano também
é marcado por outra efeméride cinematográfica, a celebração de 10 anos de
fundação da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas Metragistas –
Seção Alagoas (ABD&C/AL), entidade que promove a Mostra Sururu de Cinema
Alagoano desde 2009. Em 2013, o evento foi apresentado pela prefeitura de
Maceió, com patrocínio da Algás, além do apoio do Sesc Alagoas, do Cineclube
Projeção, da Agência UM, do Centro Cultural Arte Pajuçara, do restaurante
Ser-afim e da grife que me veste, o Cantão.
Nivaldo Vasconcelos, diretor de Mwany e sua protagonista Sónia Andre
VENCEDORES
Os grandes vencedores da competição em 2013 foram os filmes Mwany, que
acumulou seis prêmios, entre eles o prêmio Algás de melhor documentário, melhor
diretor para Nivaldo Vasconcelos, melhor fotografia e melhor atriz; e O Vulto,
de Wladymir Lima, ganhador do prêmio Algás de melhor ficção, que também levou o
troféu na categoria melhor ator, para China Santos. O júri oficial da Mostra
Sururu 2013 foi composto por é composto por André Muniz Leão, de Brasília,
atual presidente nacional da Associação Brasileira de Documentarista de
curtas-metragistas (ABD&C); por Cid Nader, de São Paulo, que é jornalista,
editor e crítico do site de cinema Cinequanon; por Olivia Hernández Fernández,
cubana radicada em Brasília que trabalha com desenho sonoro, mixagem, gravação
de som direto e é microfonista, além de ter formação musical em violoncelo e
piano; por William Ferez Biagioli, de Curitiba, que é produtor na Grafo
Audiovisual e trabalha na realização Olhar de Cinema - Festival Internacional
de Curitiba; e William Hinestrosa, coordenador dos programas brasileiros do
Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo e co-diretor do
festival Goiamum Audiovisual, que acontece em Natal/RN.
O diretor Wladymir Lima e a equipe de "O Vulto"
Veja a seguir a lista completa dos vencedores.
MENÇÃO HONROSA: Ontem à Noite, de Henrique Oliveira
MELHOR PLANO CINEMATOGRÁFICO:
A cena da
corda de pular em Mwany
PRÊMIO SESC DO JÚRI POPULAR
Mwany, de Nivaldo Vasconcelos
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Antônio Castro, por Bendita
MELHOR DESENHO DE SOM
Emmanuel Miranda, por Menina
MELHOR MONTAGEM
Michel Rios e Victor Guerra, por Os Ratos não Descansavam
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Alice Jardim, por Mwany
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Barulhista, por Criatura
MELHOR ATOR
China Santos, de O Vulto
MELHOR ATRIZ
Sónia André, de Mwany
MELHOR ROTEIRO
Amanda Duarte e Maysa Reis, por Menina
MELHOR DIREÇÃO
Nivaldo Vasconcelos, por Mwany
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Jorge Cooper, de Victor Guerra
PRÊMIO ALGÁS DE MELHOR FICÇÃO
O Vulto, de Wladymir Lima
PRÊMIO ALGÁS DE MELHOR DOCUMENTÁRIO
Mwany, de Nivaldo Vasconcelos
JUSTIFICATIVAS DO JÚRI
Melhor Plano: quando alguém que viveu em outro
local, adotando novo lar, necessita criar uma ponte de afeto e memórias para
quem ainda inicia na vida e encontra numa brincadeira na rua razões de
felicidade plena. O prêmio de melhor plano vai para a cena da corda de pular em Mwany.
Melhor Ficção: Pelas certezas dos procedimentos,
que acarretaram momentos de intensidade e tensão por ações calculadas e
precisas nos atos da construção fílmica, o prêmio de melhor ficção vai
para O Vulto.
Melhor Documentário: Quando um filme consegue juntar
dois mundos, na atenção máxima ao que é contado, pela observação rigorosa do
que é mostrado. O prêmio de melhor documentário vai para Mwany.
Diretor: Por conseguir resolver as questões
relativas à feitura de um filme através das corretas escolhas dos ângulos, da
justa atenção às suas personagens dentro do quadro, na captação correta dos
relatos, o prêmio de melhor direção vai para Nivaldo Vasconcelos, Mwany.
Melhor Atriz: Por ser retratada num instante de
rompimento entre os limites imprecisos da ficção e do real, da verdade e do
atuado, onde ocorre a fusão entres modelos de linguagens (formatos), o prêmio
de melhor atriz vai para Sónia André, por Mwany.