sábado, 6 de agosto de 2011

Dia do Documentário tem programação especial em Alagoas


Para celebrar o Dia do Documentário, cineastas e documentaristas alagoanos realizarão na próxima terça-feira, dia 09, uma mesarredonda com discussões acerca da produção audiovisual, além de exibições de documentários alagoanos e do curta-metragem documental “Manhã Cinzenta”, de Olney São Paulo. O evento ocorrerá no Teatro Jofre Soares/Sesc Centro, em Maceió, das 16h às 20h e terá entrada gratuita.

Os documentários exibidos serão as produções dos alagoanos Pedro da Rocha, Werner Salles, Tato Salles, Alice Jardim, Larissa Lisboa e Hermano Figueiredo. Já a mesarredonda será mediada por Henrique Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas de Alagoas (ABD&C-AL) e contará com as participações de Alice Jardim, Larissa Lisboa e Pedro da Rocha, discutindo temas como as consequências da ausência de políticas públicas contínuas de investimento no setor audiovisual em Alagoas, as dificuldades e soluções encontradas pelos documentaristas para realizar seus filmes, a importância dos festivais para os elos da cadeia produtiva cinematográfica, além do papel do documentário na contemporaneidade.

A celebração em Alagoas ao Dia do Documentário é uma realização da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas (ABDN) e ABD&C-AL, com produção local da Panan Filmes e Tela Tudo, e apoio cultural da Ideário, Entremeios Virtuais e SESC/AL.

O Dia do Documentário
No intuito de dar mais visibilidade ao documentário, a presidente da ABDN, Solange Lima, convocou todas as ABDs para a criação do Dia do Documentário. Assim, durante três meses, as ABDs dos 26 estados e do Distrito Federal foram consultadas e decidiram por votação o nome de um cineasta para ser o patrono do evento, como símbolo da luta dos documentaristas brasileiros, cuja data de nascimento seria fixada como o dia da homenagem.  

Diante da histórica resistência da ABD durante a ditadura militar, mesmo reconhecendo outros grandes nomes da história do documentário brasileiro, o nome mais votado pelos profissionais que se manifestaram foi o de Olney São Paulo.

Olney São Paulo
Olney São Paulo nasceu em 7 de Agosto de 1936 no município de Riachão do  Jacuípe-BA. Cineasta, documentarista influenciado pelo neorrealismo italiano, Olney dirigiu várias películas, dentre eles os filmes “O Grito da Terra” em 1964 e “Manhã Cinzenta” em 1968/69, este último pivô de um  incidente que custou a vida ao seu diretor. 

No dia 8 de outubro de 1969, um avião brasileiro foi sequestrado por membros da organização MR-8 e desviado para Cuba. Um dos sequestradores levava consigo uma cópia de “Manhã Cinzenta”, violento libelo contra a ditadura. O filme foi exibido durante o voo, o que levou os órgãos da repressão a associar o nome de Olney ao sequestro. O cineasta foi detido, torturado e finalmente liberado com suspeita de pneumonia dupla.  Internado várias vezes, debilitado física e psicologicamente, Olney jamais recuperou plenamente a  saúde e veio a falecer em 1978. Proibido no Brasil, “Manhã Cinzenta” foi exibido e premiado em vários festivais internacionais, como os de Mannheim e Oberhausen.   

Serviço: Celebração ao Dia do Documentário
Local: Teatro Jofre Soares/Sesc Centro
Quando: 09/08/2011
Horário: 16h às 20h
Entrada: Franca

Mais informações:
Fábio Esteves – Diretor de Comunicação e Mídia (Panan Filmes)
(82) 9925-8646

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